Vacinação em queda: especialistas alertam para o retorno de doenças erradicadas
Cobertura vacinal despenca e reacende preocupação com saúde pública
Por João Ricardo
28 de Novembro de 2024 às 11:33
Os índices de cobertura vacinal no Brasil têm registrado queda significativa nos últimos anos, reacendendo o alerta para o retorno de doenças antes erradicadas. Em 2015, segundo o Ministério da Saúde, a taxa de vacinação alcançava 97%. Já em 2020, esse índice caiu para 75%, patamar semelhante ao final da década de 1980.
Cláudia Engelmann, supervisora da Vigilância em Saúde de Lucas do Rio Verde, destaca que a redução na cobertura vacinal é preocupante, especialmente devido à reemergência de doenças como a coqueluche. “É muito importante manter a carteira de vacinação em dia, principalmente em crianças e gestantes, porque estamos vivendo um momento em que doenças que já estavam bem controladas estão voltando”, afirma. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 2.400 casos de coqueluche foram confirmados apenas nos primeiros dez meses deste ano.
Vacinação: proteção em todas as fases da vida
A supervisora reforça que o calendário vacinal é essencial em todas as faixas etárias. Para bebês de 0 a 15 meses, a vacinação promove a criação de anticorpos; em gestantes, as doses reforçam a proteção tanto da mãe quanto do bebê. “Não podemos atrasar ou deixar de vacinar. Ao longo dos anos, percebemos como a vacinação reduziu a mortalidade infantil e materna e preveniu diversas doenças. Está mais do que comprovado que as vacinas salvam vidas”, ressalta Cláudia.
Acesso gratuito e horários de atendimento
As vacinas estão disponíveis gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde de Lucas do Rio Verde. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 7h às 10h30 e das 13h às 16h30. A unidade de saúde do Tessele Junior oferece horários estendidos, funcionando até às 19h durante a semana e das 13h às 18h nos finais de semana e feriados.
Para se vacinar, é necessário apresentar a carteira de vacinação e um documento com foto.