Lacen amplia laboratório de genética e passa a oferecer novos exames para doenças raras em Mato Grosso

O Laboratório Central de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso (Lacen), gerido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), anunciou a ampliação do laboratório de genética, com a implementação de nove novas análises voltadas a doenças raras. A modernização faz parte da inauguração da nova sede, no Centro Político Administrativo, em Cuiabá, e tem como objetivo fortalecer a linha de cuidado integral para pacientes que necessitam de investigação genética especializada.

De acordo com a diretora do Lacen, Elaine de Oliveira, a iniciativa representa um marco no diagnóstico laboratorial em Mato Grosso.
 “Com essa ampliação do laboratório de genética, vamos promover o acesso ao diagnóstico precoce e contribuir com a linha de cuidado integral de pacientes que necessitam de investigação genética especializada. Também estamos implantando novas análises no laboratório de biologia molecular, na imunologia e no laboratório de microbiologia de água e alimentos”, destacou.

Entre os novos serviços, um dos destaques é a dosagem de metotrexato, exame essencial para o acompanhamento de pacientes em tratamento contra o câncer. A previsão é de que o procedimento comece a ser ofertado em outubro. Segundo Elaine, os kits de detecção e insumos já estão disponíveis, e os primeiros testes serão realizados em até 20 dias, em parceria com o Hospital do Câncer de Cuiabá.

Durante a inauguração, realizada em 16 de setembro, o promotor de Justiça Milton Mattos elogiou a estrutura e destacou o impacto da novidade na vida dos pacientes oncológicos.
 “Esse laboratório vai permitir que crianças que estão em tratamento de câncer não precisem mais sair do Estado de Mato Grosso para fazer tratamento fora do domicílio, porque passará a realizar exames laboratoriais complexos, feitos em poucos lugares do Brasil”, ressaltou.

Além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias, a medida também representa economia para o Estado, que reduz os altos custos com Tratamento Fora de Domicílio (TFD).
 “Às vezes, desestruturava a família porque é um tratamento longo, muitas vezes acabava em separação, a gente sabe disso. E também é muito mais custoso ao Estado de Mato Grosso, financeiramente falando, e a conta não fecha. Esse laboratório tem um potencial gigantesco de melhorar a qualidade de vida da população mato-grossense”, concluiu Mattos.