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QUADRILHA QUE APLICA GOLPES EM FAMILIARES DE PACIENTES NA UTI EM MT É ALVO DA PJC
A OPERAÇÃO "HOSPITAL SEGURO" EXECUTOU 12 MANDADOS DE BUSCA E APREENSÃO
Por Claudinei Sorce
26 de Março de 2024 às 09:29
Na manhã desta terça-feira (26), a Polícia Civil deflagrou a operação "Hospital Seguro" conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande, uma iniciativa para executar 12 mandados de busca e apreensão domiciliar.
Essas medidas visavam alvejar indivíduos suspeitos de envolvimento em atividades delituosas, incluindo fraude eletrônica, formação de quadrilha qualificada e lavagem de dinheiro.
Os mandados foram emitidos pela Vara Especializada da Infância e Juventude e pela 2ª Vara Criminal de Várzea Grande. Adicionalmente, foi ordenado o bloqueio das contas bancárias associadas à movimentação dos recursos ilícitos. As diligências foram realizadas nos municípios de Pedra Preta, Rondonópolis, Tabaporã e Sorriso.
Esta operação, desencadeada com base em investigações conduzidas pela 1ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande sob a coordenação do delegado André Monteiro, tem por objetivo reunir evidências contra doze indivíduos suspeitos de cometer tais crimes.
Conforme apurado até o momento, os suspeitos são membros de uma associação criminosa que obtém acesso a informações de pacientes hospitalizados em unidades de terapia intensiva (UTIs) em hospitais de Mato Grosso e Goiás. Eles então contatam os familiares, fazendo-se passar por profissionais de saúde, e solicitam dinheiro com urgência para supostos procedimentos médicos.
Os familiares, já enfrentando uma situação emocional delicada devido à hospitalização de seus entes queridos, são levados a transferir os valores solicitados imediatamente, sem perceberem que estão sendo vítimas de um golpe. Isso se deve em parte ao fato de os criminosos possuírem informações detalhadas que os fazem parecer legítimos.
Outra tática enganosa é o uso de chaves PIX que aparentam estar relacionadas à área da saúde, como por exemplo: "saudeclinica@..." ou "prontoatendimento@...". As vítimas só suspeitam do golpe após insistência por mais transferências ou ao procurarem o hospital e descobrirem que nenhum serviço foi solicitado ou pago.
Além do efetivo da 1ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande, a operação contou com o apoio de várias outras unidades policiais, incluindo a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá e Várzea Grande (Derf – Cuiabá e Derf – VG), a Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá, a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA), bem como delegacias de outras cidades.
O delegado André Monteiro, responsável pelas investigações, comentou: "Com o cumprimento das ordens judiciais e a análise das provas arrecadadas, será possível confirmar a participação dos suspeitos, identificar novos envolvidos e esclarecer a atribuição de cada membro da associação criminosa, incluindo suas lideranças, fornecendo assim informações cruciais para instruir o inquérito policial."