GREVE NO IFMT PARALISAÇÃO VISA AUMENTO DE SALÁRIOS E VERBA ORÇAMENTÁRIA
18 UNIDADES DA INSTITUIÇÃO ADERIRAM AO MOVIMENTO FEITO PELO (SINASEFE)
Por Claudinei Sorce
09 de Abril de 2024 às 09:49
Os servidores do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) deram início hoje a uma greve por tempo indeterminado.
Dezoito unidades da instituição aderiram ao movimento convocado pelo Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), com exceção da unidade de Juína.
De acordo com comunicado emitido pela seção sindical de Mato Grosso, a greve teve início hoje em Alta Floresta, Sinop, Sorriso, Diamantino, Guarantã do Norte, Várzea Grande, Barra do Garças, Confresa, Bela Vista, Pontes e Lacerda, Primavera do Leste, Rondonópolis, Tangará da Serra, e na reitoria em Cuiabá. A partir do dia 15, os servidores do IFMT de Lucas do Rio Verde também se juntarão à greve, enquanto no dia 22 as atividades serão paralisadas pelos trabalhadores de Campo Novo do Parecis.
Além de solicitar uma recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria, os servidores estão demandando a reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e dos docentes, a revogação de todas as normas prejudiciais à educação federal aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro, bem como a recomposição do orçamento e o imediato reajuste dos auxílios e bolsas dos estudantes.
Algumas dessas reivindicações fazem parte do relatório "Estudos Subsidiários ao Aprimoramento do Plano de Carreira dos Cargos Técnicos-Administrativos em Educação (PCCTAE)", elaborado por um Grupo de Trabalho composto por membros dos Ministérios da Educação (MEC) e do Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e pela Comissão Nacional de Supervisão (CNS).
Em uma nota, o reitor do IFMT, Júlio César dos Santos, expressou apoio ao movimento, destacando a importância das pautas defendidas pelas categorias dos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) e dos Professores de Educação Básica, Técnica e Tecnológica (EBTT), as quais refletem a necessidade de uma reestruturação justa das carreiras. Ele reconheceu que o investimento na educação pública, gratuita e de qualidade praticada nos Institutos Federais depende da valorização dos servidores envolvidos no processo.
O IFMT informou ainda que as gestões de cada unidade estão empenhadas em buscar soluções que permitam um diálogo aberto e construtivo com o comando de greve do Sinasefe, garantindo as condições mínimas para a continuidade dos serviços públicos, enquanto também respeitam o direito de greve estabelecido na Constituição Federal.
Durante o período de greve, o calendário acadêmico dos campi que aderiram ao movimento estará suspenso, mas ao retornarem as atividades, serão tomadas medidas para regularizar o calendário acadêmico o mais rápido possível.