Notícias→EDUCAÇÃO →Taxa de alfabetização chega a 93% da população brasileira, revela IBGE
Taxa de alfabetização chega a 93% da população brasileira, revela IBGE
Entre 2010 e 2022, a taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais caiu de 9,6% para 7,0%, o que representa uma redução de 2,6%.
Por João Ricardo
17 de Maio de 2024 às 10:57
O Brasil registrou avanços significativos na taxa de alfabetização, segundo dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (17).
Entre 2010 e 2022, a taxa de analfabetismo entre pessoas de 15 anos ou mais caiu de 9,6% para 7,0%, o que representa uma redução de 2,6%.
Em números absolutos, isso significa que cerca de 490 mil pessoas saíram da condição de analfabetos nos últimos 12 anos. Apesar da melhora geral, o estudo também aponta para persistentes desigualdades regionais e socioeconômicas.
Região Sul lidera, enquanto Nordeste segue com menor taxa
A Região Sul se destaca com a maior taxa de alfabetização do país (96,6%), seguida pela Região Sudeste (96,1%). Já o Nordeste apresenta o índice mais baixo (85,8%), seguido pela Região Norte (91,8%).
Desigualdades entre brancos e pretos/pardos/indígenas
As disparidades também se manifestam entre diferentes grupos raciais. A taxa de analfabetismo entre pretos, pardos e indígenas de 15 anos ou mais é de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente, enquanto entre brancos e amarelos a taxa fica em 4,3% e 2,5%.
Mulheres apresentam melhores indicadores
Em geral, as mulheres apresentam melhores indicadores educacionais do que os homens. A taxa de alfabetização entre mulheres com 15 anos ou mais é de 93,5%, contra 92,5% entre os homens. Essa diferença se observa em quase todas as faixas etárias, exceto entre os mais velhos (65 anos ou mais).
População indígena: avanços, mas ainda com desafios
A taxa de alfabetização entre a população indígena de 15 anos ou mais subiu de 76,6% em 2010 para 85,0% em 2022, o que representa uma redução de 15,1% no analfabetismo. As maiores quedas na taxa de analfabetismo entre indígenas foram observadas nas regiões Norte (de 31,3% para 15,3%) e Nordeste (de 24,8% para 14,2%).
Apesar dos avanços, desafios permanecem
Embora os dados indiquem progressos na alfabetização no Brasil, ainda há um longo caminho a percorrer para garantir o acesso universal à educação de qualidade. As desigualdades regionais e socioeconômicas, além da baixa taxa de alfabetização entre a população indígena, são desafios que precisam ser superados para que o país alcance um nível educacional mais justo e equitativo.
Investimentos em educação são essenciais
O combate ao analfabetismo exige investimentos contínuos em educação, com foco na ampliação da oferta de vagas em creches e pré-escolas, na melhoria da qualidade da educação básica e na garantia de acesso à Educação de Jovens e Adultos (EJA) para aqueles que não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos na idade ideal.
A alfabetização é um direito fundamental
A alfabetização é um direito fundamental do ser humano e um pilar essencial para o desenvolvimento individual e social. É através da educação que as pessoas podem ter acesso a melhores oportunidades de trabalho, renda e cidadania, além de contribuir para o progresso do país como um todo.
Unidos pela educação
Somente com a união de esforços do governo, da sociedade civil e do setor privado será possível construir um Brasil mais justo e educado, onde todos tenham a oportunidade de alcançar seu pleno potencial.