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Operação Relutância: Polícia Federal e Receita Federal desarticulam grupo criminoso que importava e distribuía cigarros eletrônicos em Mato Grosso
As investigações revelaram que o grupo criminoso lucrava com a revenda de cigarros eletrônicos, cuja comercialização é proibida no Brasil.
Por João Ricardo
04 de Setembro de 2024 às 10:16
Na manhã desta quarta-feira (4/9), a Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal, deflagrou a Operação Relutância, visando desarticular um grupo criminoso responsável pela importação e distribuição ilegal de grandes quantidades de cigarros eletrônicos e acessórios em Rondonópolis (MT). O esquema abastecia o mercado ilegal em Mato Grosso e se estendia para outras regiões do Centro-Oeste e Norte do Brasil.
A ação cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, um mandado de sequestro de bem imóvel e bloqueio de ativos no valor de R$ 6,4 milhões, todos expedidos pela Justiça Federal em Rondonópolis/MT. Os mandados foram cumpridos em diversas cidades, incluindo Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sorriso (MT), além de Campo Grande (MS), Redenção e Xinguara (PA), e Goiânia (GO).
As investigações revelaram que o grupo criminoso lucrava com a revenda de cigarros eletrônicos, cuja comercialização é proibida no Brasil. Utilizando-se de veículos de transporte rodoviário, o contrabando era trazido do Paraguai até Rondonópolis, que servia como entreposto para a distribuição para outros estados, onde os produtos eram vendidos tanto em lojas físicas quanto online, incluindo serviços de delivery.
Durante a operação, duas pessoas foram presas em flagrante em Rondonópolis, uma por tráfico de drogas e outra por porte ilegal de arma de fogo. Nos últimos dois anos, as forças de segurança, incluindo a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar, já haviam interceptado diversos carregamentos ilegais pertencentes ao grupo.
A operação foi denominada Relutância devido à persistência dos criminosos em manterem suas atividades ilícitas, apesar de sucessivas ações policiais e fiscais. As investigações demonstraram que os integrantes do grupo continuaram a operar, modificando suas estratégias, mas mantendo o comércio ilegal e gerando lucros significativos.
Os membros do grupo responderão pelos crimes de contrabando, descaminho, receptação, falsidade ideológica, desobediência e associação criminosa. As ações de hoje representam um duro golpe contra a atividade ilegal de comercialização de cigarros eletrônicos e reafirmam o compromisso das autoridades em combater o crime organizado no Brasil.