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Queda nos fretes rodoviários de grãos em Mato Grosso reflete baixa demanda e alta oferta de caminhões
Entre as rotas mais impactadas, o trajeto de Querência (MT) para Colinas do Tocantins (TO) registrou uma queda de 4,07%, com a tonelada sendo cotada a R$ 265,00.
Por João Ricardo
05 de Setembro de 2024 às 11:08
Na última semana, os fretes rodoviários de grãos em Mato Grosso apresentaram quedas significativas, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). A redução nas exportações e a alta disponibilidade de caminhões no estado foram os principais fatores que impulsionaram a desvalorização nas cotações do transporte de grãos.
Entre as rotas mais impactadas, o trajeto de Querência (MT) para Colinas do Tocantins (TO) registrou uma queda de 4,07%, com a tonelada sendo cotada a R$ 265,00. Já o frete de Diamantino (MT) para o porto de Paranaguá (PR) teve uma redução de 1,22%, ficando em R$ 405,00 por tonelada.
O cenário atual reflete o enfraquecimento da demanda por transporte rodoviário, enquanto os caminhoneiros enfrentam maior concorrência pelos fretes disponíveis. A combinação de menor ritmo nas exportações e a ampla oferta de caminhões tem pressionado os preços para baixo.
Essa queda nos fretes preocupa o setor de transporte, já que a margem de lucro dos caminhoneiros e transportadoras pode ser severamente afetada, especialmente em rotas longas que exigem altos custos operacionais. Por outro lado, o movimento é visto como uma oportunidade para produtores e exportadores, que podem negociar preços mais baixos no transporte de suas cargas, contribuindo para a competitividade do agronegócio mato-grossense.
A expectativa do mercado é que a retomada do ritmo de exportações possa aliviar a pressão sobre o setor de transportes, mas, por enquanto, o cenário de baixa demanda e alta oferta de caminhões deve manter os preços dos fretes em queda.