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Incêndios criminosos ameaçam meio ambiente e saúde em Mato Grosso: 16 pessoas detidas em 2024
Entre 1º de janeiro e 9 de setembro de 2024, as Delegacias de Polícia de Mato Grosso instauraram 14 procedimentos investigativos para apurar incêndios criminosos no estado.
Por João Ricardo
11 de Setembro de 2024 às 07:10
Entre 1º de janeiro e 9 de setembro de 2024, as Delegacias de Polícia de Mato Grosso instauraram 14 procedimentos investigativos para apurar incêndios criminosos no estado. Durante esse período, 16 pessoas foram presas em flagrante, suspeitas de provocar incêndios em áreas de lavoura, pastagem, mata e floresta. As prisões ocorreram em 12 municípios, incluindo Jaciara, Cuiabá, Alta Floresta, Alto Araguaia, Diamantino, Marcelândia, Nortelândia, Nova Monte Verde, Tapurah, Primavera do Leste e Rondonópolis.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Flávio Gledson Vieira, destacou os impactos devastadores dos incêndios. “Os incêndios prejudicam não só o meio ambiente, mas também a saúde das pessoas. Os bombeiros estão sobrecarregados, e muitas das demandas atendidas são causadas por ação humana”, afirmou o comandante. Vieira também ressaltou que o número de denúncias sobre crimes de incêndio tem aumentado, e que os órgãos de segurança estão identificando e prendendo os responsáveis. “Pedimos à população que tenha cuidado e evite qualquer tipo de queimada, especialmente nesta época de seca severa”, alertou.
A prática de provocar incêndio, considerada crime contra a flora e fauna, é tipificada no artigo 250 do Código Penal Brasileiro, e também no artigo 41 da Lei Ambiental nº 9.605/98, com penas que podem resultar em reclusão.
Esses incêndios, além de causar danos irreparáveis ao meio ambiente, sobrecarregam as equipes de combate do Corpo de Bombeiros, que têm lidado com uma demanda crescente devido às condições climáticas adversas e à imprudência humana.