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Operação Follow the Money: Polícia Civil cumpre mandados contra lavagem de dinheiro do tráfico em Sinop
Segunda fase da operação mira bens de luxo e prende envolvidos em esquema comandado por facção criminosa.
Por João Ricardo
10 de Dezembro de 2024 às 10:33
A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Sinop deflagrou, nesta terça-feira (10), a segunda fase da operação “Follow the Money”, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas no município. Com apoio da Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz), a ação cumpriu mandados de prisão, buscas, sequestro de bens móveis e imóveis.
Entre as ordens judiciais, foram realizadas três prisões preventivas, três buscas domiciliares, o sequestro de dois veículos, o bloqueio do capital social de uma empresa, além do confisco de placas solares e 11 imóveis — sendo oito em Sinop, um em Cuiabá e dois em Altamira (PA).
Os três presos nesta etapa atuavam como “laranjas” no esquema de lavagem de dinheiro e já haviam sido detidos na primeira fase da operação, realizada em março deste ano, mas estavam em liberdade provisória.
Esquema comandado por facção criminosa
Entre os detidos está a proprietária de uma farmácia em Cuiabá, cuja atividade foi suspensa na primeira fase da operação. A farmácia era usada para dissimular valores oriundos do tráfico. Outros dois presos são o irmão e a cunhada do líder da facção criminosa que atua em Sinop. Sob ordens diretas do líder, que está preso em uma penitenciária estadual, o casal negociava imóveis e realizava transações financeiras com aparência de legalidade para movimentar o dinheiro ilícito.
A operação contou com o apoio da Gerência de Operações Especiais da Polícia Civil de Mato Grosso.
Primeira fase e origem das investigações
A “Follow the Money” teve início em março deste ano com a execução de 136 ordens judiciais contra investigados ligados à lavagem de dinheiro. As investigações começaram após a apreensão de 400 tabletes de maconha em uma chácara na zona rural de Sinop, em julho de 2022. A partir da apreensão, foi identificado um esquema de lavagem envolvendo empresas fantasmas e reais, que mascaravam a origem criminosa dos valores.