Operação Rota Final: Polícia Civil desarticula esquema de furto de grãos em Mato Grosso

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta quarta-feira (28) a operação Rota Final, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso de furto de grãos que resultou no desvio de 100 toneladas de milho de uma fazenda localizada no município de Ribeirãozinho (MT).

As investigações, coordenadas pela Delegacia de Torixoréu, revelaram um esquema articulado envolvendo funcionários da própria fazenda, transportadores e uma empresa receptadora situada no distrito industrial de Cuiabá.

A operação cumpre 37 ordens judiciais, entre elas:

7 mandados de prisão;

7 mandados de busca e apreensão;

7 quebras de sigilo telemático;

2 suspensões de atividades empresariais;

9 bloqueios de contas bancárias;

3 sequestros de veículos;

2 pedidos de fiscalização pela Secretaria de Fazenda (Sefaz).

 

As diligências ocorrem nos municípios de Nova Mutum, Nova Monte Verde, Cuiabá e Caiapônia, em Goiás.

A ação conta com o apoio da 1ª Delegacia de Polícia de Barra do Garças, das Delegacias Regionais de Nova Mutum e Alta Floresta, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Polícia Civil de Caiapônia (GO).

O inquérito foi instaurado após a constatação, em setembro de 2024, do desaparecimento de duas cargas de milho que deixaram a propriedade rural sem seguir os protocolos de embarque e sem a emissão de notas fiscais.

De acordo com o gestor administrativo da fazenda, os veículos saíram de forma irregular, levantando suspeitas que desencadearam a investigação. A Polícia Civil apurou que os grãos foram desviados e descarregados em uma empresa de Cuiabá, que agora teve suas atividades suspensas por ordem judicial.

Durante a apuração, foram colhidas evidências como comprovantes de recebimento de valores ilícitos, identificação de motoristas e veículos envolvidos, além da falsificação de documentos fiscais e logísticos. Os crimes investigados incluem furto qualificado, falsificação de documentos, uso de documentos falsos e associação criminosa.

O delegado Pablo Rigo, responsável pelo caso, representou junto ao Judiciário pelas prisões e demais medidas cautelares.

A operação segue em andamento com novas diligências para identificar outros envolvidos e dimensionar a extensão do esquema criminoso.