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Polícia Civil apreende 10 armas e 44 mil munições em operação contra comércio ilegal em Rondonópolis
Seis pessoas foram presas durante a Operação Desarme, que desarticulou grupo criminoso suspeito de vender armamentos até para facções criminosas
Por João Ricardo
13 de Junho de 2025 às 09:30
A Polícia Civil concluiu nesta quinta-feira (12), a contabilidade do arsenal apreendido durante a Operação Desarme deflagrada nesta semana pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis (MT). A ação resultou na apreensão de dez armas de fogo e mais de 44 mil munições, além de equipamentos utilizados para o comércio ilegal de armamentos. O material está avaliado em mais de R\$ 250 mil.
A operação, iniciada na terça-feira (9), cumpriu 10 ordens judiciais entre mandados de prisão e de busca e apreensão. O foco foi a desarticulação de um grupo criminoso que atuava no comércio ilegal de armas na cidade e região. Durante o cumprimento de seis mandados de busca, a Polícia encontrou armamentos curtos e longos, tubos de pólvora, cartuchos diversos e uma máquina de prensa, usada para fabricação de munições.
Ao todo, seis pessoas foram presas: quatro por mandados judiciais e duas em flagrante, que tiveram a prisão convertida em preventiva. Segundo as investigações, conduzidas desde maio de 2024, o grupo era formado por um casal e outros dois comparsas, que atuavam na intermediação e venda de armas e munições para diferentes perfis de compradores — incluindo integrantes de facções criminosas.
As negociações ocorriam principalmente via WhatsApp, com envio de fotos e valores dos armamentos. Um dos pontos identificados pela polícia como local de venda ilegal era uma casa de pesca, utilizada como fachada para o comércio criminoso.
Entre os compradores, foi identificado um membro de facção recluso na Penitenciária Major PM Eldo Sá Corrêa, a Mata Grande, em Rondonópolis. A Polícia também apurou que armas vendidas pelo grupo foram utilizadas em homicídios ocorridos no município e arredores.
A delegada Anna Paula Marien, responsável pelas investigações, destacou que, além do armamento, também foram apreendidos celulares e documentos que devem contribuir para aprofundar as apurações.
“O material apreendido na operação, incluindo os aparelhos celulares dos principais alvos, foram encaminhados para a perícia, com o fim de levantar novas informações que possam levar a outros possíveis envolvidos, assim como outros crimes praticados pelo grupo criminoso”, afirmou a delegada.
A investigação segue em andamento para identificar novos envolvidos e rastrear a origem e o destino de todo o armamento apreendido.