Notícias→SEGURANÇA PÚBLICA →Arsenal e Túneis Subterrâneos: Megaoperação da PF atinge QG do Crime Organizado em Terra Indígena de MT
Imagem: Assessoria PRF
Arsenal e Túneis Subterrâneos: Megaoperação da PF atinge QG do Crime Organizado em Terra Indígena de MT
Ação integrada desmantelou garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, área controlada por facções, apreendendo grande quantidade de explosivos, ouro e mercúrio.
Por João Ricardo
01 de Outubro de 2025 às 06:24
Conquista d’Oeste/Pontes e Lacerda, MT – Em uma das ações de repressão mais incisivas no combate ao crime ambiental na fronteira, a Polícia Federal (PF), em coordenação com o IBAMA, a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC/MT) e o Grupo Especial de Segurança de Fronteira (GEFRON/MT), concluiu uma vasta operação de "desintrusão" na Terra Indígena Sararé. A missão, realizada entre os dias 28 e 30 de setembro, teve como alvo um verdadeiro quartel-general do crime organizado.
A área, situada entre os municípios de Conquista d’Oeste e Pontes e Lacerda, era notória por ser dominada por facções criminosas que exploravam o garimpo ilegal de ouro em larga escala. O objetivo principal das equipes de segurança era neutralizar o domínio criminoso e interromper a exploração que devastava o território indígena.
Estruturas Clandestinas e Arsenal de Guerra
O cenário encontrado pelas equipes de segurança revelou a complexidade e a profissionalização das atividades ilícitas. A operação resultou na inutilização de diversas estruturas de apoio e maquinários de alto custo, incluindo motores estacionários, geradores de energia e, alarmantemente, túneis subterrâneos utilizados para a extração predatória do minério.
Além do desmantelamento da infraestrutura, a operação conseguiu apreender um arsenal de materiais de uso restrito e altamente perigosos. Foram recolhidas armas de fogo, munições, grande volume de explosivos — indicando a violência e o risco da área —, além de minério de ouro e mercúrio, substância química altamente tóxica utilizada no processo de garimpagem.
Os criminosos envolvidos serão investigados por uma série de delitos graves, incluindo desmatamento ilegal, garimpo ilegal, comércio ilícito de ouro, organização criminosa, além de porte ilegal de armas de fogo e explosivos. A ação da força-tarefa representa um duro golpe nas finanças e na estrutura operacional das facções que exploravam o território Sararé.