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Sintep manifesta indignação contra decisão judicial que impede greve em Lucas do Rio Verde
Segundo o sindicato, a prefeitura não negocia e impõe sua vontade, sem apresentar avanços reais nas tratativas.
Por João Ricardo
28 de Fevereiro de 2025 às 06:58
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, subsede de Lucas do Rio Verde, expressou sua indignação diante da decisão judicial que tenta impedir a manifestação da categoria por melhores condições de trabalho e valorização profissional.
Segundo o sindicato, a prefeitura não negocia e impõe sua vontade, sem apresentar avanços reais nas tratativas. Os argumentos do executivo para judicializar a greve distorcem a realidade e ignoram o cenário enfrentado pelos profissionais da educação.
A prefeitura recorreu à Justiça para barrar o movimento grevista, o que, para o sindicato, demonstra medo de enfrentar uma categoria unida e falta de compromisso com o diálogo. A administração municipal prefere recorrer ao Judiciário a sentar e discutir seriamente as pautas apresentadas.
O sindicato lamenta que o Poder Judiciário tenha concedido uma liminar sem ouvir as argumentações da entidade, ferindo, ao menos por ora, o princípio do contraditório e da ampla defesa. Essa postura reforça a desigualdade na relação entre trabalhadores e administração pública, impedindo que as reivindicações sejam devidamente consideradas.
A entidade destaca que o piso nacional do magistério para 2025 é de R$ 4.867,77 para profissionais com ensino médio. No entanto, a prefeitura afirma pagar R$ 5.988,39, valor referente a profissionais com ensino superior. O sindicato alega que o valor base pago aos docentes com ensino médio em Lucas do Rio Verde é de R$ 3.992,26, abaixo do piso nacional, especialmente preocupante em uma cidade com alto custo de vida.
O sindicato reafirma estar aberto à negociação e à construção de um acordo que atenda minimamente às reivindicações da categoria. A luta por melhores condições de trabalho e valorização profissional é legítima e será mantida. A entidade tomará todas as medidas cabíveis para reverter a decisão e garantir o direito dos educadores à greve e à negociação coletiva.
Por fim, o sindicato solicita à comunidade escolar que ajude a cobrar do executivo uma negociação aberta, para que todos possam ver a disposição da prefeitura em dialogar com os educadores, algo que, segundo a categoria, ainda não ocorreu.