Operação Smoke: Sete Presos por Venda Ilegal de cigarros eletrônicos em Sorriso

Em uma ação conjunta da Polícia Civil e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sete pessoas foram presas na última sexta-feira (24) durante a Operação Smoke. 

A operação, que visava combater a venda ilegal de cigarros eletrônicos em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, resultou na apreensão de cerca de R$ 300 mil em produtos.

De acordo com o delegado João Lucas Wanick, responsável pela operação, os cigarros eletrônicos estavam sendo vendidos abertamente em seis tabacarias do município, inclusive por meio de aplicativos de delivery. "Encontramos esses produtos expostos nos balcões das lojas, prontos para a venda", afirmou Wanick. "O que mais nos preocupou foi a constatação de que os cigarros eletrônicos também estavam sendo vendidos para adolescentes em escolas. É um problema sério que precisa ser combatido com rigor."

A venda de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil desde 2009, devido aos riscos à saúde que esses produtos representam. Segundo a Associação Médica Brasileira, fumar um cigarro eletrônico no formato de pen drive pode ser equivalente a consumir 20 cigarros convencionais. 

Os riscos associados à nicotina e outras substâncias tóxicas são mascarados pelos aditivos, que criam diversos aromas e sabores. Muitas vezes, os danos causados ao organismo só são descobertos quando o usuário precisa de atendimento emergencial.

A legislação brasileira proíbe a comercialização de cigarros eletrônicos em todo o território nacional. A Anvisa, responsável pela regulamentação do mercado de tabaco no país, emitiu uma Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) que estabelece essa proibição. A medida foi adotada devido à falta de comprovação científica sobre a segurança desses produtos e os possíveis riscos à saúde.

A Operação Smoke é um importante passo no combate à venda ilegal de cigarros eletrônicos no Brasil. A ação conjunta da Polícia Civil e da Anvisa demonstra o compromisso das autoridades em proteger a saúde da população, especialmente dos jovens que são os mais vulneráveis aos riscos desses produtos.