Ministério da Saúde alerta para aumento de casos de coqueluche e reforça importância da vacinação
Além do caso fatal em Londrina, o Paraná também investiga a morte de um bebê de 3 meses em Irati, que pode estar relacionada à coqueluche
Por João Ricardo
30 de Julho de 2024 às 07:36
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um apelo nesta segunda-feira (29) para que grávidas e crianças sejam vacinadas contra a coqueluche. A medida vem após a confirmação da morte de um bebê de 6 meses, em Londrina (PR), por causa da doença, o primeiro óbito registrado no país em três anos.
"É uma doença prevenível por vacina, então recomendamos fortemente a vacinação", afirmou a ministra. Nísia Trindade lamentou o ocorrido e ressaltou a importância da vigilância em relação a agravos à saúde.
Paraná investiga mais um caso
Além do caso fatal em Londrina, o Paraná também investiga a morte de um bebê de 3 meses em Irati, que pode estar relacionada à coqueluche. Os dados oficiais mostram um aumento no número de casos da doença no estado, com 24 registros até a primeira quinzena de junho, comparados a 17 em todo o ano passado.
Crianças pequenas são as mais vulneráveis
A coqueluche, popularmente conhecida como "tosse comprida", é uma doença respiratória altamente contagiosa, especialmente para crianças pequenas. Os principais sintomas incluem febre, mal-estar, coriza e uma tosse seca e intensa, que pode levar a dificuldades respiratórias.
"Na criança pequena é muito característica com aquela respiração que é um guincho, uma falta de ar, um ruído respiratório", explica Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Por que os casos estão aumentando?
O aumento dos casos de coqueluche está relacionado a diversos fatores, como a cobertura vacinal infantil abaixo do ideal, mutações na bactéria causadora da doença e o relaxamento das medidas de proteção contra a Covid-19.
Como se proteger da coqueluche?
A vacinação é a principal forma de prevenção contra a coqueluche. O esquema vacinal para bebês inclui três doses da vacina pentavalente, aos 2, 4 e 6 meses de idade, e doses de reforço com a vacina tríplice bacteriana, aos 15 meses e 4 anos. Além disso, gestantes e puérperas também devem ser vacinadas.
"A vacinação da gestante e do bebê é a melhor forma de proteção", afirma Kfouri.