Cartão de crédito, contas de água, luz e cheque especial são os principais responsáveis pela inadimplência no Brasil, aponta pesquisa CNDL/SPC Brasil

O cartão de crédito (16%), as contas de água e luz (12%) e o cheque especial (10%) são os principais responsáveis pela inadimplência no Brasil, conforme revela uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas. O estudo entrevistou consumidores inadimplentes há mais de três meses, abrangendo todas as capitais do país.

A pesquisa também identificou quais dívidas levaram os consumidores a terem seus nomes negativados. Cartões de crédito (27%), empréstimos em bancos e financeiras (18%) e crediário (15%) são os tipos de dívida mais comuns entre os inadimplentes.

"O consumidor inadimplente geralmente está em dívida com bancos, cujos juros são elevados. É essencial tomar crédito com responsabilidade, avaliando a capacidade financeira para quitar a dívida e todas as taxas envolvidas. Para sair dessa situação, é fundamental realizar uma negociação eficaz e planejar os pagamentos de forma realista, evitando novos atrasos", orienta José César da Costa, presidente da CNDL.

A pesquisa revela que os inadimplentes dão prioridade ao pagamento das contas de uso diário que podem resultar em corte de serviços, como internet (66%) e telefone (60%). Em seguida, aparecem as contas de água e luz (57%), TV por assinatura (50%), cartão de crédito (41%) e plano de saúde (41%).

Entre as contas mais comuns para os entrevistados estão o cartão de crédito (84%), contas de água/luz (80%), internet (77%), telefone (75%) e empréstimos em bancos ou financeiras (60%).

As dívidas com maior tempo médio de atraso incluem parcelas a pagar em cheques pré-datados (13 meses), mensalidades escolares ou FIES (12 meses), empréstimos em bancos ou financeiras (9 meses), cartão de crédito (9 meses) e condomínio (8 meses).

"A priorização do pagamento de contas de internet e celular reflete o poder e a importância dessas ferramentas no cotidiano das pessoas. O fundamental é que o consumidor controle seus gastos mensais e mantenha as contas básicas dentro do orçamento planejado. Registrar todos os compromissos financeiros e planejar mensalmente, incluindo gastos extras, proporciona uma visão realista do quanto se pode gastar", aconselha Merula Borges, especialista em finanças da CNDL.