Governo de Mato Grosso sanciona lei que proíbe uso de celulares em salas de aula da rede estadual
Medida busca reforçar o foco no aprendizado e foi aprovada com apoio de 86% dos pais e responsáveis
Por João Ricardo
07 de Dezembro de 2024 às 08:41
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, sancionou nesta sexta-feira (6) a lei que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos em salas de aula da rede estadual de ensino. A iniciativa, encaminhada à Assembleia Legislativa em setembro, foi aprovada pelos deputados e celebrada como uma ação essencial para melhorar a qualidade do ensino.
“Hoje sancionamos uma lei fundamental para o futuro dos nossos jovens. Agradeço à Assembleia Legislativa pelo apoio a esta iniciativa, que demonstra a compreensão da importância de um ambiente escolar focado no aprendizado. Essa medida vai impedir que os celulares se transformem em ferramentas de distração dentro da sala de aula”, destacou o governador.
De acordo com a nova legislação, o uso de celulares será permitido apenas para alunos com deficiência ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) que precisem dos dispositivos como auxílio educacional ou monitoramento de saúde. Os demais estudantes deverão manter os aparelhos desligados ou no modo silencioso dentro das mochilas.
Consequências para o descumprimento
Estudantes que desrespeitarem a norma estarão sujeitos a advertências, notificação dos pais ou responsáveis, e encaminhamento para acompanhamento psicossocial, além de outras medidas disciplinares.
Consulta popular e investimentos em tecnologia
A decisão foi embasada em pesquisa realizada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que mostrou que 86% dos pais apoiavam a proibição. “É muito importante ter o apoio da família na tomada de decisões: isso reforça que eles sabem e reconhecem o que é melhor para os seus filhos dentro da escola”, afirmou Mauro Mendes.
O governador também ressaltou os investimentos do Estado em tecnologia educacional, como a aquisição de Chromebooks e SmarTVs para as escolas. “Acreditamos que a tecnologia deve ser utilizada de forma planejada e responsável para aprimorar a educação, e não para tirar o foco dos estudantes”, concluiu.