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Selic em alta pela terceira vez: mercado eleva projeção para taxa básica de juros a 10% em 2024
Há quatro semanas, a estimativa era de que o índice ficasse em 9,5%.
Por João Ricardo
20 de Maio de 2024 às 11:01
O mercado financeiro elevou pela terceira vez consecutiva a previsão para a taxa básica de juros, a Selic, para este ano. Segundo o boletim Focus, divulgado hoje pelo Banco Central (BC), a Selic deve fechar 2024 em 10%, um aumento em relação à projeção da semana passada, de 9,75%.
Há quatro semanas, a estimativa era de que o índice ficasse em 9,5%.
A elevação da Selic é uma resposta à crescente pressão inflacionária no país. O boletim Focus também registra um aumento na previsão de inflação para este ano, de 3,8%. Na semana passada, a estimativa era de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminasse 2024 em 3,76%. Há quatro semanas, a expectativa era de que o IPCA ficasse em 3,73%.
A estimativa para 2024 está dentro do intervalo de meta de inflação do Banco Central, que é de 3% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
Os analistas também projetaram queda no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em relação ao anunciado na semana passada, quando a estimativa era de que expansão ficasse em 2,09%. A nova projeção é de que o crescimento da economia seja de 2,05%. A projeção para 2025 é de que a expansão fique em 2%, a mesma para 2026 e 2027.
Câmbio:
Em relação ao câmbio, o Boletim Focus também registra aumento no valor do dólar. Em 2024, a moeda norte-americana deve fechar o ano em R$ 5,04. Há quatro semanas, a previsão era de que ficasse em R$ 5.
Para 2025, a estimativa também é de aumento para o dólar, fechando em R$ 5,05. Para 2026, a previsão é de que fique em R$ 5,10, a mesma para 2027.
Análise:
A elevação da Selic e a revisão para cima das projeções de inflação sinalizam que o Banco Central está preocupado com o ritmo da atividade econômica e com a pressão sobre os preços. A instituição deve continuar monitorando de perto os indicadores macroeconômicos e ajustar sua política monetária conforme necessário para alcançar as metas de inflação e crescimento.
Impacto para o consumidor:
O aumento da Selic encarece o crédito, o que pode levar a uma desaceleração do consumo. Além disso, a alta da inflação erode o poder de compra das famílias. É importante que os consumidores estejam atentos a esses fatores e adotem medidas para proteger seu orçamento.